Cuestiones de géneros en la consolidación de ciudadanías con igualdad de derechos en Argentina
Abstract
A través del presente trabajo se pretende determinar de qué manera se han mantenido hasta mediados del siglo XX, en Argentina, las desigualdades en materia de derechos ciudadanos entre varones y mujeres, desigualdades que respecto al colectivo LGBTI+ se han mantenido hasta las primeras décadas del siglo XXI, y qué leyes y proyectos han entrado en vigencia en nuestro país para transformar estas realidades Tales desigualdades radican en la persistencia de prejuicios de géneros arraigados culturalmente al paradigma heteropatriarcal que, sustentado en una concepción del mundo desde el punto de vista hegemónico masculino, ha concedido supremacía y dominancia social a los varones heterosexuales por sobre los otros géneros y sobre las otras orientaciones sexuales y, contrariamente, asignó a las mujeres y a las diversidades de géneros y disidencias sexuales una posición inferior, que se manifestó durante muchos años en la falta de reconocimiento de sus derechos. Dicha coyuntura se tradujo en un obstáculo que impidió una adecuada representación de las mujeres y las diversidades de géneros en la conformación de los espacios públicos, principalmente en el ámbito de la política y del mercado laboral. Contra este sistema de creencias, las leyes sancionadas en nuestro país durante la segunda mitad del siglo XX y lo que va del siglo XXI han consagrado derechos a las mujeres y a las diversidades en pos de la igualdad social, política y laboral, de modo tal de alcanzar la igualdad de condiciones y oportunidades sin discriminación por motivos de género u orientación sexual. Through this work we intend to determine how, since ancient times and until the middle of the 20th century, in Argentina, inequalities in terms of citizen rights between men and women have been maintained, inequalities that with respect to the LGBTI+ collective have been maintained until the first decades of the 21st century, and what laws and projects have come into force in our country to transform these realities. Such inequalities lie in the persistence of gender prejudices culturally rooted in the heteropatriarchal paradigm that, based on a conception of the world from the male hegemonic point of view, has granted supremacy and social dominance to heterosexual men over other genders and on other sexual orientations and, conversely, assigned women and diversities of gender and sexual dissidence an inferior position, which manifested itself for many years in the lack of recognition of their rights. This situation resulted in an obstacle that prevented an adequate representation of women and gender diversities in the conformation of public spaces, mainly in the field of politics and the labor market. Against this system of beliefs, the laws enacted in our country during the second half of the 20th century and so far in the 21st century have enshrined the rights of women and diversity in pursuit of social, political and labor equality, in such a way as to achieve equal conditions and opportunities without discrimination based on gender or sexual orientation. Através deste trabalho, pretendemos determinar como, desde a antiguidade e até meados do século XX, na Argentina, as desigualdades em termos de direitos de cidadania entre homens e mulheres foram mantidas, desigualdades que em relação ao coletivo LGBTI+ foram mantidas até primeiras décadas do século XXI, e que leis e projetos entraram em vigor em nosso país para transformar essas realidades. Tais desigualdades residem na persistência de preconceitos de gênero culturalmente arraigados no paradigma heteropatriarcal que, a partir de uma concepção de mundo do ponto de vista hegemônico masculino, tem concedido supremacia e domínio social aos homens heterossexuais sobre os demais gêneros e sobre outras orientações sexuais e, inversamente, atribuiu às mulheres e diversidades de gênero e dissidências sexuais uma posição inferior, que se manifestou por muitos anos na falta de reconhecimento de seus direitos. Essa situação resultou em um obstáculo que impediu uma representação adequada das mulheres e das diversidades de gênero na conformação dos espaços públicos, principalmente no campo da política e do mercado de trabalho.
Contra esse sistema de crenças, as leis promulgadas em nosso país durante a segunda metade do século XX e até agora no século XXI consagraram os direitos das mulheres e da diversidade em busca da igualdade social, política e trabalhista, de forma a alcançar igualdade de condições e oportunidades sem discriminação de gênero ou orientação sexual.