El contexto de intensificación de la crisis estructural del capital y su expresión en la psicología
Resumen
Según Lacerda (2013), una descripción actual de lo que ocurre en un complejo específico de ideas y
prácticas –la psicología– debe realizarse a partir de su inserción en un complejo más amplio: el de la
sociedad capitalista. Es necesario un análisis totalizador, que tome la psicología en el contexto en el que
se desarrolla –el Modo de Producción Capitalista–, en su actual etapa de desarrollo en la particularidad
latinoamericana –un capitalismo dependiente, de génesis colonial-esclavista, profundamente desigual,
racista, sexista, misógino, entre otras características destacables que hacen referencia a sus estructuras
exploratorias-opresivas y su condición periférica. En este sentido, este trabajo presenta, desde un
enfoque interdisciplinario, algunas consideraciones sobre la crisis estructural del capital –es decir, sus
implicaciones económicas, políticas, ambientales, culturales y humanitarias–, y su expresión en la
psicología. Se trata de una investigación teórica de carácter cualitativo en la que se realizó una revisión
bibliográfica de algunos trabajos de autores de las ciencias sociales y psicológicas que destacan la
relevancia del enfoque psicosocial desde su dimensión política en el contexto del capitalismo en América
Latina. Las siguientes reflexiones se enmarcan dentro del marco teórico-conceptual de dos proyectos de
investigación que responden al Doctorado en Psicología de la UCES. Con este ensayo pretendemos
esbozar un análisis crítico a los cambios e inflexiones en la dinámica de la psicología como ciencia y
profesión, así como proponer una psicología centrada en la praxis que promueva análisis e intervenciones
más acordes con la realidad, es decir, más comprometidos ética y políticamente con la superación de
lagunas históricas. According to Lacerda (2013), a current description of what occurs within a specific complex of ideas and
practices – psychology – must be made based on its insertion into a broader complex: that of capitalist
society. A comprehensive analysis is necessary, one that situates psychology within the context in which
it develops – the Capitalist Mode of Production – in its current stage of development in the Latin American
particularity – a dependent capitalism, of colonial-slave genesis, profoundly unequal, racist, sexist,
misogynistic, among other notable characteristics that reference its exploitative-oppressive structures
and its peripheral condition. In this sense, this work presents, from an interdisciplinary approach, some
considerations on the structural crisis of capital – that is, its economic, political, environmental, cultural,
and humanitarian implications – and its expression in psychology. It is a theoretical research of qualitative
nature in which a bibliographic review was conducted of some works by authors from social and
psychological sciences who highlight the relevance of the psychosocial approach from its political
dimension in the context of capitalism in Latin America. The following reflections are framed within the
theoretical-conceptual framework of two research projects linked to the Doctorate in Psychology at UCES.
With this essay, we aim to outline a critical analysis of the changes and inflections in the dynamics of
psychology as a science and profession, as well as to propose a psychology centered on praxis that
promotes analyses and interventions more consistent with reality, that is, more ethically and politically
committed to overcoming historical gaps. Segundo Lacerda (2013), uma descrição atual do que ocorre em um complexo específico de ideias e
práticas – a psicologia – deve ser feita a partir de sua inserção em um complexo mais amplo: o da
sociedade capitalista. É necessário uma análise totalizadora, que situe a psicologia no contexto em que
ela se desenvolve – o Modo de Produção Capitalista –, em sua atual etapa de desenvolvimento na
particularidade latino-americana – um capitalismo dependente, de gênese colonial-escravista,
profundamente desigual, racista, sexista, misógino, entre outras características notáveis que fazem
referência às suas estruturas exploratórias-opressivas e sua condição periférica. Nesse sentido, este
trabalho apresenta, a partir de uma abordagem interdisciplinar, algumas considerações sobre a crise
estrutural do capital – ou seja, suas implicações econômicas, políticas, ambientais, culturais e
humanitárias – e sua expressão na psicologia. Trata-se de uma pesquisa teórica de caráter qualitativo na
qualse realizou uma revisão bibliográfica de alguns trabalhos de autores das ciências sociais e psicológicas
que destacam a relevância da abordagem psicossocial desde sua dimensão política no contexto do
capitalismo na América Latina. As seguintes reflexões estão enquadradas no referencial teórico-conceitual
de dois projetos de pesquisa vinculados ao Doutorado em Psicologia da UCES. Com este ensaio,
pretendemos esboçar uma análise crítica às mudanças e inflexões na dinâmica da psicologia como ciência
e profissão, assim como propor uma psicologia centrada na práxis que promova análises e intervenções
mais condizentes com a realidade, ou seja, mais comprometidas ética e politicamente com a superação
de lacunas históricas.