Interrupción del embarazo y relativismo jurídico. A propósito de un caso de aborto eugenésico

Abstract

El dominio jurídico no escapa a la cultura posmoderna, en la que impera el relativismo, la exaltación del individualismo, la búsqueda de gratificación y la realización personal, como ideales supremos. En la base de este relativismo existe una profunda crisis de autoridad. Esta crisis involucra incluso a las instituciones tradicionales por medio de las cuales la modernidad organizó la sociedad, a la que el Derecho no es ajeno. En este contexto donde reina la indeterminación, surgen diversas corrientes que intentan disputarse la lealtad de los individuos, y reclamar como propia la autoridad para guiar la conducta. Con el fracaso de los universalismos utópicos redentores de la humanidad, sobre las ya lejanas, pero todavía humeantes, ruinas de la desastrosa experiencia nacionalsocialista, calmados los ecos de la resonancia de la voluntad de poder del dionisiaco superhombre nietzscheano, todos los discursos han perdido su poder totalizador. Se consolida así la era que proclama el derecho individual a la autonomía y la realización personal, a ultranza, como valor absoluto. En el presente artículo partimos de la sanción que recibió la República Argentina por parte del Comité de Derechos Humanos de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) por no haber garantizado el acceso al aborto legal de una joven portadora de un trastorno mental que quedó embarazada como consecuencia de una violación, para analizar el aborto eugenésico y estudiar el caso desde la perspectiva del relativismo jurídico.

The legal domain does not escape the postmodern culture, in which relativism reigns, the exaltation of individualism, the search for gratification and personal fulfillment, as supreme ideals. At the root of this relativism there is a deep crisis of authority. This crisis even involves the traditional institutions through which modernity organized society, to which law is not alien. In this context where indeterminacy reigns, diverse currents arise that try to dispute the loyalty of the individuals, and to claim as its own the authority to guide the conduct. With the failure of the redeeming utopian universalisms of humanity, on the distant but still smoky ruins of the disastrous National Socialist experience, the echoes of the resonance of the Dionysian superhuman Nietzschean's will-power echoed, all discourses have lost their Totalizing power. It consolidates the era that proclaims the individual right to autonomy and personal fulfillment, at all costs, as absolute value. In this article we start with the sanction that the Argentine Republic received from the Human Rights Committee of the United Nations for failing to guarantee access to legal abortion for a young woman with a mental disorder who became pregnant As a consequence of a violation, to analyze eugenics abortion and study the case from the perspective of legal relativism. The case before us does not imply merely a theoretical exercise, but is a clear living example of legal relativism.

O domínio jurídico não escapa a cultura pós-moderna no relativismo, a exaltação do individualismo, a busca da satisfação e realização pessoal, como ideais supremos em vigor. Com base esse relativismo há uma profunda crise de autoridade. Esta crise envolve até mesmo as instituições tradicionais através dos quais moderna sociedade organizada, a que a lei não é estranho. Neste contexto onde a incerteza reina, diferentes correntes que tentam disputa a lealdade de indivíduos, e reivindicar como sua própria autoridade para orientar surgir comportamento. Com o fracasso da redentores universalismo utópicas da humanidade, sobre as ruínas já distantes, mas ainda fumegantes da experiência nazista desastroso, acalmou os ecos da ressonância da vontade de poder do super-homem nietzschiano dionisíaco, todos os discursos perderam sua poder tote. a era que proclama o direito do indivíduo à autonomia e realização pessoal, a qualquer custo, como um valor absoluto consolida. Neste artigo vamos começar a partir da punição que ele recebeu da República Argentina pela Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) por não garantir o acesso ao aborto legal para um adolescente com um transtorno mental que se tornou grávida como resultado de estupro, e depois analisar aborto eugênico e estudar o caso a partir da perspectiva do relativismo legal. O presente caso não envolve apenas um mero exercício teórico, mas é um exemplo vivo do relativismo jurídico claro.