Configuraciones de las relaciones de poder intragénero en una organización. El caso del personal operativo de una prisión urbana de la Ciudad de México
Abstract
El presente artículo analiza cómo se configuran las relaciones laborales entre personas del mismo sexo en una prisión de la Ciudad de México. Supone que en un reclusorio preventivo las relaciones entre hombres reproducen modos tradicionales de comportamiento vinculados con los estereotipos tradicionales de género. Al incluir el enfoque de género sugerimos nuevas perspectivas que abren formas novedosas para comprender hasta dónde los aspectos de género impactan en las relaciones laborales de cualquier organización, siendo este caso una de carácter público. Para ello se identifica los modos en que los empleados operarios, guardias y técnicos penitenciarios (que tienen contacto con los internos de la prisión) expresan sus relaciones laborales, donde se advierten dos estructuras que operan paralelamente: la formal propia de la organización, ciega a los aspectos de género, y otra que explícitamente se rige por los mandatos tradicionales de género masculino que impondría el ejercicio de la violencia y del poder en sus diferentes facetas. El objetivo es develar la complejidad de las estructuras del comportamiento intragénero en una prisión, sintetizándolo en cuatro configuraciones de las relaciones de poder. Por lo tanto, las relaciones sociales en los centros laborales, vistas desde la perspectiva de género, responden a una serie de aprendizajes socioculturales heredados que se comparten y recrean cotidianamente. Este enfoque del las relaciones de poder intragénero es una propuesta desde el Estudio de las Organizaciones que incorpora en su análisis la perspectiva de género. This article analyses how do working relationships between same gender individuals, get configured. It assumes that in a preventive prison, relationships between men reproduce the traditional ways of behaving, linked to the traditional gender stereotypes. By including the gender focus we suggest new perspectives that open up novel forms to understand up to what point gender impacts labour relationships in any organization, being in this case a public institution. For this I identify how the operating personnel, guards, and prison staff (who have contact with the interns) express their labour relationships. Here we notice two structures operating in parallel: the formal one, blind to gender aspects, and a second one that is explicitly ruled by traditional male gender mandates that impose the exercise of violence, and power in its different aspects. The goal is to unveil the complexity of intra gender behaviour structures in a prison setting, synthesizing them into four power relationships configurations. Therefore, social relationships in work environments seen from a gender perspective, respond to a series of inherited sociocultural learning that are continuously shared, and recreated. This focus of intra gender power relationships is a proposition from the field of organization studies that incorporates into its analysis, the gender perspective. O presente artigo faz uma análise sobre como se formam as relações laborais entre pessoas do mesmo sexo numa prisão na Cidade do México. Numa prisão preventiva as relações entre homens reproduzem modos tradicionais de comportamento vinculados com os estereótipos tradicionais de gênero. Ao incluir o enfoque de gênero sugerimos novas perspectivas que abrem novas formas para compreender o impacto dos aspetos de gênero nas relações de trabalho em qualquer organização, sendo este caso de caráter público. Para isso se identifica o modo no qual o pessoal operário, custódios e técnicos penitenciários (que têm contato com os reclusos) expressam suas relações laborais, e se advertem duas estruturas que operam paralelamente: a formal da própria organização que exclui os aspetos de gênero, e outra que explicitamente não é regida pelos mandatos tradicionais do gênero masculino que imporia o exercício da violencia e o poder nas suas diferentes facetas. O objetivo é mostrar a complexidade das estruturas do comportamento intra-gênero numa prisão, sintetizando o comportamento em quatro configurações das relações de poder. Portanto, as relações sociais nos locais de trabalho, desde uma perspectiva de gênero, respondem a uma série de aprendizagens socioculturais herdados que se compartilham e recriam constantemente. O enfoque das relações de poder intra-gênero é uma proposta desde o Estudo das Organizações que integra na análise a perspectiva de gênero.