Balance Social: ¿realidad o ficción? Tres casos emblemáticos: Odebrecht, Vale y Natura

Abstract

El presente artículo tiene por objeto analizar brevemente los balances sociales de tres grandes empresas brasileñas, Odebrecht, Vale y Natura, para verificar si las acciones efectivamente emprendidas por ellas son coherentes con lo que se publica en los informes anuales. Aunque no es obligatorio, cada vez más organizaciones han ido añadiendo en sus informes el balance social, como forma de rendición de cuentas a los stakeholders, de las acciones de responsabilidad socioambiental que se han llevado a cabo, ya que se trata de una demanda creciente de la sociedad. Algunos incluso publican balances dentro de las normas reconocidas internacionalmente, como el Global Reporting Initiative -GRI. Al final, se puede observar que, en los casos analizados, Odebrecht y Vale, debido a los acontecimientos ocurridos en los últimos años, no hay coherencia entre lo publicado en sus balances sociales y los hechos ocurridos (corrupción, accidentes mortales), mientras que Natura, hasta la fecha, además de publicar un balance muy detallado y dentro de los estándares de la GRI, no presenta hechos probados que empañen sustancialmente su imagen.

This paper aims to briefly analyze the social balance sheets of three major Brazilian companies, Odebrecht, Vale and Natura, to verify whether the actions effectively undertaken by them are consistent with what is published in the annual reports. Although it is not mandatory, more and more organizations have been adding in their reports, the social balance sheet, as a form of accountability to stakeholders, of the socio-environmental responsibility actions that have been carried out, since this is a growing demand from society. Some even publish balance sheets within internationally recognized standards, such as the Global Reporting Initiative-GRI. At the end, it is possible to observe that in the cases analyzed, Odebrecht and Vale, due to the events that have occurred in recent years, lack coherence between what was published in their social balance sheets and the events that occurred (corruption, fatal accidents), while Natura, to date, in addition to publishing a very detailed balance sheet and within GRI standards, does not present proven facts that substantially tarnish its image.

O objetivo deste artigo é analisar brevemente os balanços sociais de três grandes empresas brasileiras, Odebrecht, Vale e Natura, com o intuito de verificar se as ações efectivamente empreendidas por elas são consistentes com o que é publicado nos relatórios anuais. Embora não seja obrigatório, cada vez mais organizações têm acrescentado o balanço social em seus relatórios, como forma de prestação de contas às partes interessadas, das ações de responsabilidade sócio-ambiental que têm sido realizadas, uma vez que esta é uma demanda crescente da sociedade. Alguns até publicam balanços dentro de padrões reconhecidos internacionalmente, tais como a Global Reporting Initiative - GRI. Ao final, é possível observar que, nos casos analisados, a Odebrecht e a Vale, devido aos eventos ocorridos nos últimos anos, não há consistência entre o que é publicado em seus balanços sociais e os fatos ocorridos (corrupção, acidentes fatais), enquanto a Natura, até o momento, além de publicar um balanço muito detalhado e dentro das normas do GRI, não apresenta fatos comprovados que venham a manchar substancialmente a sua imagem.