Aspectos iusfilosóficos del derecho humano a no emigrar
Abstract
Como resultado final del Posdoctorado en Principios Fundamentales y Derechos Humanos de la Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales (UCES) hemos conceptualizado el “derecho humano a no emigrar” desde aspectos teóricos, basados en los hechos y construcciones filosóficas expuestos en la investigación (Banchio, 2020).
Postulamos su justificación en el “ser”, es decir, en la dignidad de la persona humana y sus libertades fundamentales y propusimos su inserción en el “deber ser” del sistema internacional de derechos humanos ya que la causa de que se reconozcan tales derechos es precisamente su justificación.
Para enfrentar el problema epistémico habitual que presenta cualquier formulación novedosa hemos ampliado los fundamentos teóricos en la justificación explicativo-existencial de Robert Alexy que merece un lugar destacado entre las teorías de la justificación de los derechos humanos con estrecha conexión con la teoría del discurso (Alexy, 2006); en el enfoque de necesidades básicas de Miller (2012) y Renzo (2015); en las capacidades necesarias para la acción humana de Amartya Sen y Martha Nussbaum (2011) y en el tradicional “fundacionalismo” de Alan Gewirth (1978).
En este trabajo expondremos los aspectos iusfilosóficos del “derecho humano a no emigrar” basados en la dignidad humana. A tales fines, luego de un breve concepto y justificación, desarrollaremos en el apartado 7, el principio supremo de justicia y sus formas de protección concebidos por Goldschmidt -inciso 1-, consagrados en el libre desarrollo de la personalidad -inciso 2-, conforme a la forma-de-vida -inciso 3- y el proyecto de vida a través del pensamiento de Fernández Sessarego que encuentran apoyo en la propuesta de la Doctrina Social de la Iglesia a la iniciativa teórica que proponemos como modelo para la respuesta jurídica postulada porque, en cuestiones de derechos humanos la reflexión teórica no es únicamente el problema en sí mismo sino que tiene también consecuencias empíricas (Hapla, 2018).
Como bien afirma Goldschmidt, los derechos humanos no pasan de ser meras declaraciones si no es posible custodiarlos por medio de juicios sumarios. Por ello, entendemos que un régimen es justo, en la medida que realice el principio supremo de justicia, amparando la esfera de libertad que cada individuo necesita para personalizarse. Esta se logra mediante el libre acceso al proyecto de vida, que pueda ser desenvuelto en su propia patria, es decir, la tierra que se ama sin ser forzado a emigrar de ella para poder cumplirlo. As a result of the Post-doctorate in Fundamental Principles and Human Rights at the Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales (UCES) we have conceptualized the "human right not to emigrate" from theoretical aspects, based on the facts and philosophical constructions presented in the research (Banchio, 2020). We postulated its justification in the "being", that is, in the dignity of the human person and his or her fundamental freedoms and proposed its insertion in the "ought to be" of the international human rights system, since the cause of the recognition of such rights is precisely their justification.
To face the usual epistemic problem presented by any novel formulation, we have expanded the theoretical foundations in Robert Alexy's explanatory-existential justification, which deserves a prominent place among the theories of the justification of human rights with a close connection to discourse theory (Alexy, 2006), in the basic needs approach of Miller (2012) and Renzo (2015); in the capabilities necessary for human action of Amartya Sen and Martha Nussbaum (2011); and in the traditional "foundationalism" of Alan Gewirth (1978). In this paper, we will discuss the legal-philosophical aspects of the “human right not to emigrate” based on human dignity.
For this purpose, after a brief concept and justification, we will develop in section 7 the supreme principle of justice and its forms of protection conceived by Goldschmidt (clause 1), enshrined in the free development of the personality (clause 2), in accordance with the way of life (clause 3) and the life project through the thought of Fernández Sessarego that find support in the proposal of the Social Doctrine of the Church to the theoretical initiative that we propose as a model for the postulated legal response because, in matters of human rights, theoretical reflection is not only the problem in itself but also has empirical consequences (Hapla, 2018).
As Goldschmidt rightly states, human rights are no more than mere declarations if they cannot be guarded by means of summary judgments. Therefore, we understand a regime to be just to the extent that it realizes the supreme principle of justice by safeguarding the sphere of freedom that each individual need to personalize himself or herself. This is achieved through free access to a life project, which can be developed in one's own homeland, i.e., the land one loves, without being forced to emigrate from it to fulfil it. Como resultado final do Pós-doutorado em Princípios Fundamentais e Direitos Humanos da Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales (UCES) conceituamos o "direito humano de não emigrar" a partir de aspectos teóricos, com base nos fatos e construções filosóficas expostas na pesquisa (Banchio, 2020).
Postulamos sua justificação no "ser", ou seja, na dignidade da pessoa humana e em suas liberdades fundamentais e propusemos sua inserção no "deve ser" do sistema internacional de direitos humanos, uma vez que a causa do reconhecimento de tais direitos é justamente sua justificação.
Para enfrentar o habitual problema epistêmico que apresenta qualquer nova formulação, estendemos os fundamentos teóricos na explicação-justificação existencial de Robert Alexy que merece um lugar de destaque entre as teorias de justificação dos direitos humanos com estreita conexão com a teoria do discurso (Alexy, 2006) na abordagem das necessidades básicas de Miller (2012) e Renzo (2015); nas capacidades necessárias para a ação humana de Amartya Sen e Martha Nussbaum (2011) e no tradicional "fundacionalismo" de Alan Gewirth (1978).
Neste trabalho vamos expor os aspectos iusfilosóficos do “direito humano de não emigrar” com base na dignidade humana. Para este fim, após um breve conceito e justificativa, desenvolveremos na seção 7, o princípio supremo da justiça e suas formas de proteção concebidas por Goldschmidt (cláusula 1), consagrada no livre desenvolvimento da personalidade (cláusula 2), de acordo com o modo de vida (subseção 3) e o projeto de vida através do pensamento de Fernández Sessarego que encontram apoio na proposta da Doutrina Social da Igreja à iniciativa teórica que propomos como modelo para a resposta jurídica postulada porque, em matéria de direitos humanos a reflexão teórica não é apenas o problema em si, mas também tem conseqüências empíricas (Hapla, 2018).
Como Goldschmidt corretamente afirma, os direitos humanos não são mais do que meras declarações se não for possível protegê-los por meio de julgamentos sumários. Portanto, entendemos que um regime é justo, na medida em que realiza o princípio supremo da justiça, protegendo a esfera de liberdade que cada indivíduo precisa para personalizar-se. Isto é conseguido através do livre acesso ao projeto de vida, que pode ser desenvolvido em sua própria terra natal, ou seja, a terra que amam sem serem forçados a emigrar dela para cumpri-la.